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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ADULTO

Solidão em cada esquina de recanto
em cada ponto de mim,
em cada soluço no pranto,
sem fraterno amor... É tudo assim!

Como vento perdido na vazão de sopro amargo,
de boca estéril,calada por não saber,
que amor é mel em leve trago
que adoça sussurro, de alma que não se ver!

Solidão é ilusão em cada espelho ao se olhar,
angustia,do querer e não rever,
pois o doce, é a luz que só reflete no amor!
Se deixarmos, refletirar em mim, refletindo em você!

Pois adultos somos, com com corações de pedra,
como sombras do que perdemos na mocidade,
com olhar matuto de figura incrédula,
com amor no mundo,mas sem fraternidade!

OLHAR (abioto)

Olhar de olhos cansados
retina, fotos, fadigas...
Feridas salgadas, molhadas,
promissões sob lágrimas ceifadas.

De mãos cegas e surdas,
boiando no repuxo da vazante do amor...
Roxas e sem vidas, por isso mudas!
Inchadas do incolor de minha dor.

Palavras concretas.
Queimadas ao vento...Quietas!
Sem reação de química, ilusão...

Rúflo de homízio de agonia,
morte do vagido de esperança,
póstumo sabor de saudade que alivia,
dando ares de epílogo, às lágrimas da criança!

Sorriso largo de nascente
coração de flêrte descompassado,
negras águas de mergulho ao poente,
noite sem luar, olhar desamado.

DESCULPA-ME (abioto)


A arte me falta
como faltaram-me as palavras,
fuga da luz no poente.Silêncio que dura, e prossegue a tortura,
como que não me quisessem as rimas que curam.

Sou nada! Alguém que não tem o que quer,
jogado no vício do"hoje não vejo",
o que "amanhã eu cobiço.
Então amanhã... sê o que quiseres,
ou perdoa a sina desse amor omisso!

Sou palavra não dita...Gritando!!...
De rosto lavado,pálida! Querendo nascer.
Impludindo soluços nos prantos...
Emoções pulsantes querendo viver!

Sou nada, sem sentimentos que sonhos concretizam;
embora com todos os pontos(!?;:-.),
não consigo esquecer,
Pois;"em seguida",tuas lembranças não finalizam.
Interrogo-me então:como pude te perder?...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

BRASILEIRISMO (abioto)


Vivo num mundo estéril


um oco de sonhos lesados, gorados.


Vivo fingindo que sigo vivendo,


mas morro por dentro.


Isento de tudo, pois morro calado,


sou mais um silencio desse mistério.




Não sou começo, epílogo também não,


sou mais uma barra no código


de barbadas barradas cifradas do coração.


A vida me usa!


Aceitas ou recusas uma finita paixão?




Proposta indecente!


Que mente demente é essa que mente?


Fingindo-se docente!... Decente? Há, há...


Não... Não quero cigalhos babélicos de você!


Pois, embora parado em frente a TV,


ou em rede conectado.


Abaetê ainda quero ser!




Abastado quem sabe de vida vivida,


polinizada,dividida,chocada ou parida...


Mas inflamada de sonhos e ideais.


Sim quero mais meu irmão,


não me basta uma vida regressa,


quero sentir o pulsar de meu coração


não mais ser, reencarnação de uma linda promessa!


DESISTO

Em muita, pensei ter-te encontrado,
e em muitos corpos sem leito,naufraguei...
Na aridês de suas veias, sufoquei.
Em vezes firmado... Outras abalado!

Pensei em muitas, ter-te perdido
vendo teus lábios...Por outro sendo usado.
Tua sede de mim, por outro sendo saciado!
Quis reagir...Queria ter fugido.

Agora só conheço a solidão!
Desisti da busca insana e vã...
Não almejo mais um dia, estar a teu lado.

Não desejo mais sofrimento, e ilusão.
Quero minha alma forte, e minha mente sã...
Desisti de amar, desisti de ser amado!

DESILUDIDO (abioto)

Foste tu, anjo maldito da ilusão!
Que vendou-me os olhos com sonhos...
Fazendo-me crer, em puro mundo sem demônios,
onde livremente abriria o coração.

Eras tu, naquele suspiro de mistério9,
no falso sorriso de inocência...
No falso pudor e sua falência,
nas lágrimas, em falso rosto sério!

Eras tu,Lobo em pele de cordeiro,
que fez-me chorar na escuridão,
que fez-me rogar, pele minha sorte.

Eras tu...Meio gente em decotes tão faceiros,
seduziu-me em meio a multidão,
fazendo-me da tristeza, um consorte!

NAZA (abioto)

Não há verdade neste sorriso
não há paixão na contra mão,
não a guardo em meu homízio
habituado a solidão.

Não há perfume,nem linda flor!
Não há espinhos nem, ilusão,
não há tristeza, tampouco amor...
Há instrumentos... Não há canção!

Não há mentiras em minhas palavras
de dor retida em proteção,
a teu sorriso de muitas armas,
que me assombra tanto, o coração...

Tens beleza de muitos sonhos!
Que abraçaras com tuas asa,
melhor ficar em brumas de amigo idônio,
que naufragar em teu sorriso, Naza!

SEM LUZ (abioto)

Rasguei o papel!
Queimei-o...Naufraguei as cinzas,
queimei a caneta... Mudei de assunto!

Mas quando dormi...acordei,
em susto relâmpago ressalto, insulto!

Em gritos de fragmentos infáustos,
sem reflexo da luz eu chorei,
tentando auditivar o prato de meu corpo mudo!

Esvairindo-me da alegria em vida,
tranquei a saída,aprisionei-me em meu mundo!

VIDA VAZIA (abioto)

Vida?... Que vida devida é essa vida que me leva?!
Todos os dias...Dos dias cada minuto,
ao abacinar o frágil feixe de luz no sorriso que me resta,
e no escuro de medo, conto nos dedos da vida cada segundo.

Não lembro-me, de emoção um dia abastado!
Pois sim!... Sou abaeté condeúdo de mãos calejadas,
d'uma doce lembrança,ainda criança apartado,
crescido num mundo imundo,insatisfação,solidão e mais nada!

Ainda sim resiste,faísca que risca igual contra mão
fazendo ciar este meu lamentar,
Ainda recuso cigalhos de abafas ao coração.

Sei que existe pele macia como orleã,
diferente de tudo que já vi ou toque...
Bem sei que nunca amei,nunca senti teu cheiro de hortelã

DISSABOR (abioto)

A espera estou neste lugar
como horas vazias de solidão sem fim,
de cego amor p'ra me dar
pois nunca o vi chegar, apenas partir.

A espera estive, de alguém ficar
e com tantas, não percebi
que o amor que tenho, nunca quis amar,
e se alguém chamou, não quis ouvir!

Essa é a sina, tanto não amar
de uma vida tão vazia,
vida sem um guia,vida a esperar...

De tanta amargura,corpo torna-se dissabor,
coração cançado,já querendo até parar,
ou aprende a superar,ou descobre o que é o amor!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ANNE

Que linda flor da manhâ;
que perfume forte.
Mesmo estando avesso ao éeolo de meu dia,
ainda ababelado em aroma de hotelâ,
d'amorenado corpo tecve sua sorte,
assim procuro o orto, de teu rosto de Maria.

Que beleza admirável de mulher!
Tentativa séria e vã de ser criança...
Bisbilho d'alguem que te quer bem;
de peito epitético,que a ninguém quer,
sem assombrado invólucro de esperança;
pensamentos livres da enxovia, a mim convém.

Acho belo, o que é belo
aprecio o que deve ser apreciado,
mas ao desavisado,digo...Não se engane!
Ela é doce como aqui revelo,
realmente linda como o enunciado,
but she's only afriend,she's my reacher Anne!

TEBAIDA

teu rosto, em meus sonhos suscitados,
mergulho, em negras águas de ilusão p'ra chorar,
em recato distante, no fundo postado
catando lembranças p'ra e em fim rebrilhar.

Tebaida sussurrando:faltou saciedade!
ruflando meu peito,querendo rasgar;
sagas nos bordejos de infidelidade.
Sob rebuço de querer-te sacralizar.

Mergulho reboante d'águas passadas,
naufrágio de sombras da não realidade
nulificando o sentido da dor.

Recusando as mentiras das verdades usadas,
que adoçam os lábios, com falsa felicidade
apagando a fogueira,escurecendo o amor.

O TOQUE

Toque!...
São tuas,as minhas mãos.
Não digas mais o que quero,
descontinue a tristeza
estampada em teu... O rosto que venero!

Sinta minh'alma!
Pois sinto, quando quero você.
Sinta... Minhas lágrimas
esquentando,o teu já não me querer.

O CRAVO

Está vazio como sempre,
mesmo no laranja,parando em lentidão
com flores colorindo o poente,
solidão que não mente em tardes de verão.

Sem proteção de teu corpo cru,
fortes, são as brisas da quentura
no teu sorriso,que me revela o nu,
encobrindo o meu rosto de amargura.

Vejo outras querendo ter rebentos,
com folhas,verdes,amarelas;roxas.
Perfumes confundidos através dos ventos.

Se não houvesse rimas;revelaria-te em prosa!
Mesmo não tendo boca,braços,seios ou coxas
teu cheiro é inconfundível!Minha amada ROSA.

AGORA ENTENDO (abioto)

Quando entendo
que o que menos procuro,é o que acho...
quando me surpreendo!

Finjo-me de nada
como água parada,
ar em desmovimento.

Sorrindo pro escuro
ignorante em saber,
em que triste futuro, estarei sem você!?...

Quando realmente entendo
que não compreendo...Por que não queres se dar?!

Fico no muro em conflito,
xingo-me,reflito...
Também não posso te amar!

SACIEDADE (abioto)

são doces como mel
incontáveis,como em noites...no céu!
São minhas saciedades.
Às vezes,falsas como um sorriso,
de meu peito,um desperdício...
numa translucida realidade!

No amor,ainda vago entorpecido,
insipiente,como rasgo de vagido!
Acoitado em teu ssei de mulher.
Rocio em teu corpo desfraldado,
exprimado,sendo meu doso um fardo...
Emergido d'um calor que não me quer!

Tantos são os nomes das mulheres que me dei.
Outros tantos,dos que pouco reclamei!
Fui verdade,no rancor do amor perdido.
Deus!...Tamanho espaço entre eu e a razão,
que pesou-me os olhos,com ausência de visão...
Em pecado eu chorava,com o peito suprimido!

domingo, 19 de outubro de 2008

PELEJA (abioto)

Fui parvoalho quando sonhei com teu gozo
embarquei em casco na ilusão,
seduzido pelo mareiro falacioso.
Pelejei,pelejei o retorno... Doce prisão.

Hoje sou mocho,pois há um vazio que não pulsa,
que melanisou meu olhar alegre...
Marfado pela nênia da paixão, que á mim recusa,
sou náufrago na solidão, que à mim persegue!



Perdera-me na nequícia de viver!
Sou boca sem voz...Alguém sem você.

JOVEM AÇUCENA (abioto)

Sob sombras em uma janela,
sorrindo com nova promissão,estava ela,
ansiosa, não relaxava os olhos da viela...
Ele,de déu em déu andava endomingado
igual bem-te-vi bem-me-quer a teu lado,
gaitada de beduíno em cada choupana.
Já não sabia se era Mara,Maria ou Mariana.
Pois em seu afazar era traquejado!

No bucólico olhar ou n'acritude de ninfos lábios,
o sobrosso da solidão revela-se
coa alsencia de pensamentos sábios...
Não p'ra mermar sentimentos de bela moça,
chiasco de desprezo que vida não adoça.
Pele de cecém,pensa ele sobre ela;
nem mesmo a moldura a deixa menos bela!
Mas, liberdade o impedia de bradar sentimentos que se ouça.

SUZY (abioto)

Era tarde.Ainda sim,era belo o rosto,
que na distância perdia-se abditivo;
confuso momento,solitário e passivo,
lembrança do toque, suor de teu gosto!

Cásia, era o teu aroma em meu esputo
emudando o cenoso ser a meu lado,
mesmo sendo confrangido e calado
em tua boca de sonhos,só me permitia um minuto!

Era tarde,mas ab-initio, o fim chegaria!
Fostes cecém, que toquei com desejo e esmero,
pois já sentira-me mocho,casbiado de teu cheiro!
No fim do começo,da solidão que se ia...

Mas ela não se foi...Permaneceu.Pois era cedo.
Rindo-se de mim, vendo-te partir!
Dos verdes olhos;agora só as sombras ao dormir,
num vulto de sorriso triste,duma paixão um arremedo!