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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O CRAVO

Está vazio como sempre,
mesmo no laranja,parando em lentidão
com flores colorindo o poente,
solidão que não mente em tardes de verão.

Sem proteção de teu corpo cru,
fortes, são as brisas da quentura
no teu sorriso,que me revela o nu,
encobrindo o meu rosto de amargura.

Vejo outras querendo ter rebentos,
com folhas,verdes,amarelas;roxas.
Perfumes confundidos através dos ventos.

Se não houvesse rimas;revelaria-te em prosa!
Mesmo não tendo boca,braços,seios ou coxas
teu cheiro é inconfundível!Minha amada ROSA.

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