CRIANÇA SÓ
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VEZ EM QUANDO BISBILHO O PASSADO,
PROSTADO NA SOMBRA SOBRE UM POÇO OBSCURO
TENTANDO OUVIR UMA LÁGRIMA REBOAR...
NÃO... NÃO FOI DESSA VEZ QUE A RIMA,
A QUE SEMPRE CALA MEU PRANTO
VEIO-ME EM RESPOSTA.
SÓ LEMBRANÇAS!
CRIANÇAS SÓS!...
ERA O QUE ACHAVA QUE VIRA,
POIS NA VERDADE
NADA, SEM LUZ REFLETIA.
SÓ LEMBRANÇAS!
TODAS MINHAS...
POÇO MENINO SEM MOEDAS, CHEIO DE ECOS,
ERAM AS PRIMEIRAS DE MUITAS RIMAS,
POBRE, INCULTO, PELE MÃO COM FRAGIDO.
RODEADO DE PERGUNTAS:
O QUE? COMO? QUANDO? POR QUE TER NASCIDO?
POR QUE A MORTE EM ÚLTIMO ATO DE ESCARNIO,
NÃO SUFOCA-ME O PEITO EM PERDÃO?!
SÓ MOMENTOS SÓ...
CONTRASTES, QUE NÃO OBSTANTE, PERDURA ATÉ HOJE,
NO FUNDO DO PEITO VAZIO,
SEM ECO E ESCURO.
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