Será que finalmente as raízes negras, que por tanto tempo ficaram asfixiadas sob uma cultura de intolerância, geraram “o fruto” que simbolizará suas reais importâncias na História?
Sabemos que durante o imperialismo das Grandes Navegações, os negros, agora escravos, tornaram-se a pilastra mor da economia mercantilista. Em países como o Brasil, tais raízes adubaram grandes lavouras de café, com sangue, suor e lágrimas, concebendo grandes lucros a seus “proprietários”.
A passagem do mercantilismo para o capitalismo, que exerceu papel fundamental na mudança de relação, (senhor e escravo para patrão empregado), a qual deveria inserir o negro no mercado consumidor, acabou por marginalizá-lo ainda mais. Todavia, diferentemente do que ocorrera no Brasil, onde os escravos receberam apenas um grande “pé na bunda”, nos Estados Unidos, a política adotada fora a do “pegue um burro e um lote de terra”.
Como meros observadores da História, nos não saberíamos dizer, qual tipo de segregação é mais cruel, entretanto podemos afirmar que a exercida em nosso país é a mais covarde, pois nos dias de hoje os negros ainda dependem de cotas para terem acesso ao ensino superior. Enquanto aqui existe apenas uma Universidade direcionada à cultura negra (Zumbi dos Palmares, BA) com pouco mais de três anos, lá existem mais de uma dezena de centenárias instituições superiores voltadas somente para afro-descendentes.
A recusa de uma cidadã americana negra a ceder seu lugar a um branco, no interior de um coletivo, a levou à prisão, dando início a um grande movimento visando sua libertação. Este fato levou um jovem (Martin Luterking) a sonhar um mundo onde seus netos seriam tratados como iguais. Morreu sem vê-lo. Porém, o atual presidente eleito do U.S.A (Barack Obama), um respeitado intelectual; traduz com humilhante certeza que a terra do vizinho fora melhor adubada.
Então podemos concluir que sim! As raízes negras despiram-se do rótulo “under ground” para florescer no topo do mundo.
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