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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

OLHAR (abioto)

Olhar de olhos cansados
retina, fotos, fadigas...
Feridas salgadas, molhadas,
promissões sob lágrimas ceifadas.

De mãos cegas e surdas,
boiando no repuxo da vazante do amor...
Roxas e sem vidas, por isso mudas!
Inchadas do incolor de minha dor.

Palavras concretas.
Queimadas ao vento...Quietas!
Sem reação de química, ilusão...

Rúflo de homízio de agonia,
morte do vagido de esperança,
póstumo sabor de saudade que alivia,
dando ares de epílogo, às lágrimas da criança!

Sorriso largo de nascente
coração de flêrte descompassado,
negras águas de mergulho ao poente,
noite sem luar, olhar desamado.

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